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Problemas de autoestima: veja seus impactos na aprendizagem

Neste post você verá como a autoestima está diretamente associada com a aprendizagem do adolescente.

22/09/2022 | POR Colégio Santo Agostinho

LEITURA: 6 MIN.

Os problemas de autoestima têm impacto direto na aprendizagem de um adolescente e, por isso, podem contribuir com seu sucesso ou fracasso escolar. 

Neste artigo, vamos falar sobre a importância da autoestima e como os pais podem contribuir para que o aprendizado ocorra de forma mais leve e fácil.

A importância da autoestima 

A adolescência é um período de transição, um estágio de desenvolvimento evolutivo no qual os indivíduos passam por inúmeras transformações. Nesta etapa , eles desenvolvem o autoconceito, que é uma percepção mental sobre si mesmos, sobre sua identidade e valores. 

Uma dessas percepções é a autoestima: a avaliação de seu autoconceito, ou seja, a avaliação que fazemos de nós mesmos, de quem somos e do quanto valemos. 

De forma simples, podemos dizer que o autoconceito está ligado ao autoconhecimento e envolve questões como, por exemplo,  “sou boa violinista”,  “sou péssimo em matemática”, “tenho cabelos cacheados”, “sou muito baixo”., “sou tímido”, “sou impulsiva”, etc.

A autoestima, por sua vez, está ligada aos sentimentos que isso desperta, ou seja, à forma como ele se sente e se avalia em relação a estas informações. 

Esta autoavaliação pode interferir em seu convívio social, na forma como ele enfrenta problemas, experiências e desafios, tanto no ambiente escolar, quanto no social e familiar.

Como os problemas de autoestima impactam na aprendizagem do adolescente?

Segundo estudos de Campeiz e Aragão 2013, existe uma forte relação entre a capacidade de aprender e a autoestima e que quanto mais bem construída ela é, melhor é o desempenho acadêmico/profissional  de uma pessoa. 

Na adolescência, o autoconceito, esta percepção individual de valor e competência, tende a sofrer muitas interferências de referências externas, fazendo com que ele se torne mais vulnerável. 

Desta forma, esta instabilidade da autopercepção pode desencadear problemas de autoestima, que por sua vez, podem interferir no desenvolvimento pedagógico, nas competências sociais e no equilíbrio emocional de um adolescente.

Isso significa que a confiança e o entusiasmo provenientes de uma autoestima bem construída, tendem a estimular a aprendizagem, fazendo com que ela ocorra de forma mais natural. 

Da mesma forma, uma autoestima mal construída poderá desenvolver uma autopercepção limitada,  fazendo com que o jovem vivencie sentimentos de tristeza, fracasso, incapacidade, incompetência, insegurança e medo.

Veja também: Habilidades cognitivas: o que são e como desenvolvê-las?

Como a internet e as redes sociais podem impactar na autoestima de seu filho?

Ainda segundo o estudo de Campeiz e Aragão 2013 apud Britto (1989), em seu texto sobre educação centrada no estudante embasado nas ideias de C. Rogers, diz que o estudioso considera a aprendizagem como mais que simples acumulação de conhecimento e como consequência de relacionamento entre estudante e todo contexto comunitário, não apenas com os professores. [A aprendizagem] 

“[…] provoca uma modificação não apenas no comportamento das pessoas, mas ainda influi na orientação e escolha de suas ações futuras, ascendendo em todas as etapas de sua existência.” (BRITTO, 1989, p.75). 

O mundo virtual e os problemas de autoestima

Jovens e adolescentes estão sempre em contato muito próximo com o mundo virtual. Neste ambiente, tudo é muito amplificado e eles sofrem verdadeiros bombardeios de informações, na maioria das vezes, fictícias, sobre o que é ou deveria ser uma vida ideal, o corpo perfeito e as amizades mais divertidas.

As comparações são inevitáveis, fazendo com que se sintam pressionados a se enquadrar em um padrão de vida  irreal e esteticamente exagerado,  a serem populares e buscarem por aprovação por meio de likes, visualizações e comentários.

Isso pode fazer com se sintam insuficientes, inadequados e incapazes e, assim, desenvolvam problemas de autoestima, transtornos comportamentais, ansiedade e até mesmo quadros depressivos.

Como detectar problemas de autoestima?

Adolescentes passam boa parte do tempo diante de computadores, tablets ou smartphones, seja consumindo conteúdos audiovisuais em redes sociais ou em conversas com amigos em aplicativos de mensagens.

Para detectar problemas de autoestima é importante que os pais fiquem atentos ao comportamento de seus filhos e ao conteúdo que estão consumindo para verificar se estão ocorrendo mudanças significativas e se estas estão impactando em seu desenvolvimento acadêmico e convívio social.

Confira essa matéria – Projeto de Vida propõe aulas com técnicas de meditação para os estudantes da 1ª série do Ensino Médio

Como ajudar seu filho a manter uma autoestima bem construída?  

A construção da autoestima não acontece da noite para o dia, mas gradualmente, desde desde o nascimento, e tem como base sentimentos, sensações, pensamentos e percepções que são vivenciados a partir de estímulos, vínculos e vivências.

A família deve, portanto, oferecer a melhor estrutura para que seu filho cresça mais seguro, confiante e saudável, física e mentalmente.  Veja a seguir algumas maneiras de contribuir com o desenvolvimento da autoestima de seu filho.

1. Invista na construção de uma relação afetuosa e harmônica

Segundo Piaget, o afeto se desenvolve na mesma direção da cognição ou inteligência e tem papel determinante na ativação intelectual de uma criança ou adolescente. Isso significa que o afeto é a base principal a partir da qual a autoestima se desenvolve. 

Portanto, quando a afetividade é continuamente construída e reforçada, o jovem tem seus sentimentos validados e se sente mais feliz, confiante e motivado, mesmo diante de desafios e dificuldades. 

2. Demonstre interesse pela vida dele

Mostrar interesse não significa ser invasivo ou ultrapassar os limites que normalmente um adolescente estabelece. Aqui estamos falando em interesse genuíno, como saber o que ele gosta, suas preferências musicais, gastronômicas, estar sempre atento a ouvi-lo e ajudá-lo a enfrentar desafios, entendê-lo e orientá-lo. 

Conheça seus sonhos, metas, expectativas e invista em uma educação de excelência para que ele possa alcançar isso.. Da mesma forma, divida com eles seus planos e objetivos. 

Essa parceria criará valores e vínculos profundos, fortalecerá a relação familiar,  os tornará mais confiantes e menos sensíveis às influências negativas externas, e evitará fragilidades emocionais.

3. Adapte as regras e acordos

Alguns pais têm dificuldades de perceber que seus filhos cresceram e mantêm acordos e regras muito restritivas, como se eles ainda fossem crianças. Por isso, à medida que os filhos vão crescendo é preciso estabelecer novas regras e acordos.

No caso dos adolescentes, é preciso ouvi-los, considerar suas colocações e necessidades e validar opiniões. Isso fará com que se sintam respeitados e ouvidos,  fortalecendo seu autoconceito e contribuindo com o desenvolvimento de sua autoestima.

4. Mantenha uma comunicação assertiva e positiva

A boa convivência com seu filho deve ter como base o amor e uma comunicação clara, afetuosa, transparente e assertiva. Por isso, além de ouvi-lo, desenvolva junto a ele uma comunicação respeitosa, onde há espaço para confiança mútua e possam conversar sobre todos os assuntos, como planos para o futuro, amigos, sexo, drogas, etc.

Além disso, não use de imposições e ordens, mas mostre os pontos negativos de um determinado comportamento destacando suas consequências. Ao invés de dizer, por exemplo, “você não pode ficar no celular com seus amigos a tarde toda”, diga “você pode utilizar o celular,  mas após finalizar suas tarefas escolares”.

5. Não o deixe sozinho e ofereça tempo de qualidade

Todos sabemos que os pais precisam sair e trabalhar, mas é fundamental que estejam por perto o máximo de tempo possível. Por isso, seja acessível, proponha atividades para fazerem juntos, aproxime-se o quanto que puder oferecendo a ele um tempo de qualidade. 

Isso é muito positivo para o bem-estar e a saúde emocional dele e ajuda a no desenvolvimento da autoestima.

6. Elogie muito, mas mostre em quê ele pode melhorar!

Você ajuda seu filho a evitar fragilidades emocionais e transtornos comportamentais quando ressalta continuamente seus pontos positivos, suas vitórias e conquistas, suas ações e comportamentos adequados, bem como quando o erro pode ser utilizado para aprendizagem.

Objetivamente, mostre em quê e de que forma ele pode buscar se aprimorar sempre. Entretanto, deixe ele promover essas mudanças no seu próprio ritmo. Com isso, ele ganha maior confiança em si mesmo. 

Faça com que ele perceba o quanto é inteligente, capaz e que descubra seus talentos únicos. Ensine-o a se amar do jeito que é, mesmo com suas limitações e dificuldades.

Saiba mais: Valores humanos na escola: quais os ensinamentos de Santo Agostinho?

Invista na educação de seu filho! 

Autoestima E Aprendizagem Do Adolescente 2

autoestima e aprendizagem do adolescente

Uma das formas de reforçar a importância de seu filho é garantindo que ele tenha uma base educacional sólida, por meio da qual ele vivenciará, além de ensino de excelência, valores éticos e humanos fundamentais para uma formação integral.

Comece fazendo isso hoje mesmo! Invista na educação do seu filho no Colégio Santo Agostinho. Venha conhecer nossa proposta pedagógica, nossa infraestrutura e tudo que podemos proporcionar para o desenvolvimento completo de seu filho.

Colégio Santo Agostinho – Gente que forma gente!

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