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Escola XXI

Como o ambiente virtual de aprendizagem pode beneficiar a educação de seu filho

As plataformas online conseguiram não só dar continuidade ao estudos, como também melhorá-los em vários aspectos.

15/06/2020 | POR Colégio Santo Agostinho

LEITURA: 7 MIN.
Colaboraram com este post:
Marlos Alves Carmo MARLOS CARMO
Head de Inovação da SIC – Sociedade Inteligência e Coração
Narla Patricia Rocha NARLA ROCHA
Coordenadora de Tecnologia Educacional do Colégio Santo Agostinho – Contagem

A educação é um dos principais pilares da nossa sociedade. Mesmo em um período de afastamento social como este em que estamos vivendo, o direito das crianças e adolescentes de estudarem deve ser mantido. Para isso, ambiente virtual de aprendizagem se tornou peças-chave para dar continuidade à rotina de estudos dos alunos.

Se antes da pandemia essas plataformas eram tratadas apenas como uma possibilidade de complemento aos estudos, agora, elas são os principais meios de manutenção do processo de aprendizagem, mesmo sem ter um professor intermediando o processo o tempo todo, como em sala de aula.


O que é um ambiente virtual de aprendizagem?

Já existem diversas plataformas digitais que possibilitam a criação de um ambiente virtual para os estudantes e educadores, onde é possível assistir a videoaulas, fazer download de atividades, participar de fóruns, resolver exercícios, ter aulas ao vivo, entre outras possibilidades.

Para o líder de inovação da Sociedade Inteligência e Coração (SIC), mantenedora do Colégio Santo Agostinho e Obras Sociais Agostinianas, Marlos Carmo, o Colégio tem feito isso muito bem, principalmente após a suspensão das aulas presenciais. Isso porque a Instituição está trabalhando duro no desenvolvimento de seu próprio ambiente virtual de aprendizagem, cujo projeto piloto está rodando em algumas unidades e tem levado muitos benefícios aos alunos.

“Já é possível monitorar todo o movimento que o aluno faz na plataforma: quando e quantas vezes ele entrou, em qual matéria ele mais se empenha, quais exercícios ele fez, em quais ele está com dificuldades. Assim, o professor tem acesso a dados que o ajudam a perceber estatisticamente como está a vida acadêmica do estudante”, esclarece Marlos.

Dessa forma, no período de afastamento social, é possível auxiliar todos os alunos e analisar, por meio de dashboards – painéis de controle -, como a escola pode ajudar o estudante nos pontos mais cruciais da sua vida estudantil.

Plataforma de aprendizagem inteligente

Apenas usar uma plataforma digital e esperar que os alunos se acostumem a ela retarda o aprendizado do estudante. Para Narla Rocha, coordenadora de tecnologia do Colégio Santo Agostinho – Unidade Contagem, a plataforma precisa fazer uso das tecnologias de nosso tempo, como a inteligência artificial, para estimular o melhor do aluno nela.

“A plataforma consegue ser personalizada em cima das dificuldades do estudante. Nesse ponto, a inteligência artificial unida à gamificação é um importante ganho. Percebemos por exemplo que, a partir do momento em que o aluno ganha pontuação por uma atividade, ele cria uma vontade de se superar no próximo exercício”, ressalta a coordenadora.

De acordo com Narla, como os hábitos de estudo estão mudando e migrando para o mundo digital, os ambientes virtuais de aprendizagem precisam ser pensados para ser funcionais em diversos dispositivos também, como computadores e celulares, além de ser de fácil entendimento e uso tanto para os alunos quanto para os pais, que precisam acompanhar a vida estudantil.

Benefícios do ambiente virtual de aprendizagem

A Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou a pandemia da Covid-19 no dia 11 de março. De lá para cá, várias entidades precisaram se adaptar, como é o caso das escolas, que tiveram que se reinventar e inovar em um novo jeito de dar aula.

Podemos dizer que, entre os desafios na implementação de um ambiente virtual de aprendizagem, destacaram-se dois momentos. O primeiro foi voltado para o quantitativo, ou seja, as escolas precisaram aprender com a dinâmica e com o volume de conteúdos adequado para o momento.

Por isso, eram comuns perguntas do tipo: “Qual o tipo de conteúdo o professor deve disponibilizar? Será em  PDF, vídeo ou áudio? Qual a frequência?”.

Passado algum tempo e com um entendimento melhor sobre as aulas virtuais, veio o segundo momento, quando tanto alunos quanto professores começaram a originar outros questionamentos, dessa vez voltados ao qualitativo: “Os alunos estão aprendendo e praticando quando disponibilizo um conteúdo em vídeo?” “Eles absorvem mais quando as atividade são em PDF ou na própria plataforma online?”.

Dessa forma, com os aprendizados da utilização das plataformas digitais, destacamos alguns pontos importantes, como:

Índice de performance

No modelo tradicional escolar, muitos pais, alunos e professores só conseguem ter noção de como está o aprendizado individual e coletivo dos estudantes com provas ou trabalhos.

Esse método de avaliação, no entanto, pode se mostrar limitado, pois o professor só conseguirá compreender que existe uma dificuldade dias ou semanas depois da aula, já que é exigido um tempo mínimo para ele apresentar a matéria e cobrá-la em um método avaliativo.

Porém, com um ambiente virtual de aprendizagem que gera dados e informações diariamente, essa prática se tornou muito mais dinâmica e eficiente.

Agora, o professor pode acompanhar, em tempo real, quanto tempo cada aluno passa estudando na plataforma, quais atividades foram finalizadas, qual o índice de acerto em cada questão, se os materiais foram baixados e outros índices de performance mais.

Assim, o professor consegue agir muito mais rápido para trabalhar uma dificuldade de aprendizado do aluno.

Análise da média da turma

Atualizado diariamente, o sistema do ambiente virtual de aprendizagem é capaz de apontar para o professor quais são os estudantes com mais dificuldade, quem não está entrando na plataforma, quem está se destacando, quem possui as melhores e piores médias, entre outros indicadores.

Fato é que essa análise já é feita atualmente por toda a equipe pedagógica, porém, essa transformação digital traz consigo ferramentas altamente eficientes que podem indicar o ritmo de aprendizagem da turma de forma ágil e benéfica para educadores e estudantes.

Presença online

Assim como no modelo tradicional, em que a presença do aluno em sala de aula é fundamental, no ambiente virtual de aprendizagem também é possível monitorar a presença dele e suas interações.

Esse indicador, além de demonstrar o nível de comprometimento do aluno com seus estudos, ajuda a compreender o comportamento individual: se o aluno está desistindo das aulas, se está empenhado, quais disciplinas são as favoritas, se falta motivação e outros mais.

Histórico escolar

Escolas que estão focadas em desenvolver as habilidades dos alunos ao longo dos anos devem estar preparadas para lidar com esse estudante como um todo, e não apenas em um ano específico.

No ambiente virtual de aprendizagem do Colégio Santo Agostinho, por exemplo, também é possível que o professor atual tenha acesso ao histórico dos alunos nos anos anteriores naquela matéria.

Pode-se ter uma análise prévia de quais alunos são mais autônomos e quais tendem a precisar de um pouco mais de ajuda pedagógica.

Isso é um incremento ao processo de passagem de bastão entre os educadores e uma grande melhoria no processo de avaliação e condução individual da aprendizagem dos alunos.

Como tirar o melhor proveito do ambiente virtual de aprendizagem 

Ciente de que o ambiente virtual de aprendizagem é fundamental, não só para o momento do afastamento social, como também para o futuro, os estudantes devem compreender toda a importância que essa ferramenta traz para o aprendizado.

Para o líder de inovação Marlos Carmo, o aluno deve criar uma rotina para acessar a plataforma: “O primeiro passo para o estudante tirar o melhor proveito do ambiente virtual é ele compreender os indicadores: o que a escola espera dele, o que não deve deixar de ser feito, como ele deve fazer uso e, principalmente, a frequência. O ideal é o aluno dividir as atividades ao longo da semana, e não fazer tudo de uma vez”.

Além disso, para que o aluno consiga os melhores resultados, mesmo que de maneira online, ele deve utilizar todos os meios de comunicação com o professor para sanar as dúvidas, sejam os fóruns ou as aulas ao vivo.

Segundo a coordenadora Narla, uma forma de o aluno evitar sobrecarga de conteúdos e esgotamento emocional e físico, principalmente em meio à pandemia, é fazer uso diário da plataforma. Como os conteúdos são liberados ao longo do tempo, é importante evitar fazer tudo um dia antes de uma atividade específica, por exemplo.

“Por ser um modelo híbrido, ou seja, o aluno tem o seu tempo de estudos presencial e virtual, ele deve separar um período do dia para acessar o ambiente virtual de aprendizagem e evitar a sobrecarga”, completa.

Sala de aula invertida

Flipped classroom ou sala de aula invertida é um termo que surgiu na década de 90 e ganhou espaço entre os professores na metade dos anos 2000.

Como o próprio nome indica, há nesse modelo um complemento dos papéis entre professores e alunos, no qual o educador deixa de ser aquela figura detentora do conteúdo e passa a agir mais como um mediador do processo de aprendizagem.

Esse modelo pode ser observado com a construção dos ambientes virtuais de aprendizagem. Para Narla, “estamos vivendo em um momento de mudança de paradigmas em relação ao modelo tradicional de educação”.

No modelo de sala de aula invertida, o aluno assiste a uma videoaula primeiro e depois pode ir para uma live com o professor para debater sobre o tema.

“Em um primeiro momento, esse modelo pode trazer descontentamento, principalmente por parte de alguns pais que vivenciaram outro modelo de aquisição do conhecimento. Mas, quando o pai e a mãe observam que o filho deles está se tornando um pesquisador, questionador e o protagonista dos estudos dele, ficam bem satisfeitos”, pontua.

O ambiente virtual de aprendizagem chegou para ficar

Se até o ano passado os ambientes virtuais de aprendizagem eram usados como um complemento do modelo tradicional, hoje, eles estão sendo vistos como ferramenta essencial, e não só pela pandemia.

Isso porque os profissionais da área de educação perceberam a importância desse sistema dentro e fora da sala de aula e como podem tirar proveitos para beneficiar os alunos.

A verdade é que não se vai voltar a como era antes, será preciso encontrar um equilíbrio entre os modelos. O ambiente virtual de aprendizagem trouxe inúmeros benefícios a alunos e professores. Por isso, é preciso cuidar para que esse modelo evolua e que se consiga cumprir com todos os objetivos na educação das crianças e jovens.

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